Não te aprisiones
na solidão açoitada;
dias de intenso frio
e de tristeza vestida
com a alma desfolhada.
Caminhos de pedregulhos,
corte de punhal inciso,
amores idos e desafinados
que no desgaste dessa carne
nos rouba o melhor sorriso.
Esclarece as respostas
dos sons em estampidos
estilhaçando os destroços,
deixando correr nos veios
esperanças re-vestidas.
Alada destina o olhar,
expresso no húmus que ensina,
em rasgos joga fora o de menos
e voa, a soltar-se nos braços
de quem te reconhece e ilumina.
Do presente faz início,
fita-te em altiva serenidade,
pois venturas repousam
no vislumbre da essência
em declarada liberdade.
Stela Emilia Gusmão
09/11/08
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